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O atacante paraibano Hulk, do Zenit, passou por uma situação desconfortável no sábado, em partida do Campeonato Russo. O brasileiro afirmou, à agência de notícias Reuters, que foi alvo de racismo. E o que mais chama a atenção é que o agressor teria sido o árbitro do jogo Alexei Matyunin. O jogador disse que o racismo vindo de torcedores rivais pode até ser entendido como uma forma de desestabilizar um adversário, mas não esperava que pudesse partir do juiz da partida.
“Sempre houve racismo de torcida adversária. Não é aceitável, não podemos aceitar racismo independentemente da forma que for, é uma coisa que não deveria existir, mas quando é da torcida adversária, a gente não aceita, mas entende que é a torcida adversária, quer fazer com que o jogador rival não se concentre, é normal”, afirmou o atacante.
Hulk comentou o que ocorreu no momento da agressão verbal proferida pelo árbitro. Ele teria ido reclamar de “cera”‘ do jogador do Mordovia Saransk, que venceu o Zenit por 1 a 0.
“Eu fui falar com o árbitro do jogo numa boa, com educação, e toquei nele normalmente para falar com ele, e ele virou e disse, com arrogância, para eu não encostar nele. Eu pedi calma, mas ele começou a ficar nervoso, e eu, na quentura do jogo, falei: ‘você é racista?'”. De acordo com o jogador, o árbitro respondeu rispidamente: “sou, não gosto de você e não gosto de negro”.
O episódio teria ocorrido no início da etapa complementar. “Houve uma situação em que um jogador do time adversário estava caído, o árbitro mandou a maca entrar em campo, e depois que ela chegou para colocar o jogador em cima, ele disse que não precisava mais da maca. Mandou a maca sair e o jogador levantou. Eu fui falar normalmente com o árbitro, e ele até então estava normal, mas de repente ele passou a mudar comigo, ficou arrogante”, relatou o paraibano.
Lancepress