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Governador e candidato à reeleição, Ricardo Vieira Coutinho (PSB) enfrentou um ex-aliado este ano. O senador Cássio Cunha Lima, do PSDB, esteve ao lado do socialista na campanha de 2010, quando Ricardo derrotou o ex-governador e hoje senador eleito José Maranhão, do PMDB.
Para chegar forte à disputa, Ricardo segurou na coligação ‘A Força do Trabalho’ legendas que em eleições passadas subiram no palanque ao lado do PSDB. Foram 11 partidos, entre eles o DEM, o PDT e o PV.
Já na convenção, o governador surpreendeu a todos quando conseguiu costurar uma aliança com o Partido dos Trabalhadores, mesmo o PSB tendo um candidato de oposição a presidenta Dilma Rousseff. Com a morte de Eduardo Campos e a ascensão de Marina Silva na disputa nacional, o governador manteve-se fiel ao projeto socialista.
A coligação do PSB com o PT enfrentou resistências no primeiro turno. Foi questionada na Justiça, mas continuou em campanha pelo interior. A base dessa aproximação estava com os irmãos Lucélio e Luciano Cartaxo. A dobradinha assegurou a presença de Ricardo no segundo turno.
Toda sua campanha foi baseada em comparativos com as gestões anteriores de Cássio Cunha Lima. Deixou isso claro nos debates, nos guias eleitorais e por onde passou pelo Estado. A campanha, aos poucos, foi ganhando volume e chegou à reta final do primeiro turno em pé de igualdade com o seu principal adversário, mesmo tendo que enfrentar outras quatro candidaturas de oposição, que ficaram pelo caminho.
Com o fim do primeiro turno, Ricardo nem esperou o posicionamento oficial do seu partido e já declarou apoio à Dilma Rousseff. A presidenta visitou João Pessoa em deflagrando sua campanha no segundo turno. Reuniu num mesmo palanque o PMDB, o PT e o PSB, e agradeceu a Ricardo.
Sob os olhares do vice-presidente da República, Michel Temer, o governador recebeu apoio de lideranças do PMDB paraibano, como do ex-governador José Maranhão e do senador Vital Filho e do deputado federal eleito Veneziano Vital do Rêgo.
Em pouco mais de 20 dias de campanha no segundo turno, Ricardo colocou o pé na estrada e retomou as visitas pelo interior da Paraíba. Estrategicamente, priorizou aqueles onde perdeu no primeiro turno. O forte de sua campanha no segundo turno foi o anúncio adesões de dezenas de lideranças políticas.