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Goleada e eliminação da Copa do Brasil, desabafo de Cássio contra companheiros e reunião da principal organizada com o presidente pedindo a saída do técnico Mano Menezes. Dificilmente, a última semana do Corinthians poderia ter sido pior. Ao observá-lo entrar em campo no Beira no Rio, não foi essa a impressão que se teve, no entanto: mesmo pressionado, ele manteve a sua frieza característica e assegurou a vitória de 2 a 1 contra o Inter, neste domingo.
Foram duas bolas na área na etapa inicial e dois gols.
O primeiro deles saiu logo aos três minutos do primeiro tempo, em excelente combinação pela esquerda, ultrapassagem de Fábio Santos e cruzamento para Guerrero balançar as redes. Antes de finalizar, o centroavante ainda teve tempo de dominar de cabeça em falha de Paulão e Fabrício, que não o incomodaram.
Essa foi o nono marcado pelo peruano no campeonato.
Num momento que o Inter era melhor e ameaçava por cima, o alvinegro paulista aumentou o placar em novo cruzamento, dessa vinda da direita, em cobrança de falta com perfeição de Jadson que Gil subiu sozinho para desviar nos acréscimos, aos 53 minutos.
Os donos da casa ainda diminuíram na volta do intervalo, aos 27, com Nilmar aproveitando confusão entre Gil e Cássio, mas não passaram disso. Melhor para Mano, que ganha, assim, sobrevida no cargo.
A etapa inicial foi praticamente toda ela truncada.
Na ida para os vestiários, o meia-atacante colorado Alex reclamou do excesso de faltas do visitantes – foram 13 contra 10 nos primeiros 45 minutos. “Começaram quebrando, fizeram gol. Depois, corremos muito. Se não capricharmos, vamos ficar sempre correndo atrás. Cometemos erros por pressa”, disse.
Para tentar aliviar a crise que se instalou no Parque São Jorge, Mano Menezes promoveu uma mudança na escalação, com a saída da revelação Malcom para a entrada de Jadson, e ainda contou com os retornos de Gil e Elias – Ralf, lesionado, pode voltar na próxima quarta-feira. O trio surtiu efeito imediato e o Corinthians conseguiu abafar a pressão que o Inter esboçava naquele momento.
Mesmo com Nilmar entre os titulares, os comandados de Abel Braga não levavam perigo ao gol defendido por Cassio e apenas trocavam passes na intermediária.
Para piorar, o camisa 1 corintiano ainda se machucou em lance na área com Wellington Silva e interrompeu a partida por um longo tempo. Foram acrescidos 13 minutos ao fim da contagem regulamentar.
Ainda que timidamente, o Inter esteve próximo do empate, acertou o travessão com Aranguiz, assustou em finalização com Nilmar e reclamou pênalti em excelente jogada de Willians, punida com cartão amarelo pelo árbitro Dewson Fernando Freitas da Silva suspostamente pelo volante ter tentando ludibriá-lo.
Na volta do intervalo, a chuva despencou e os donos da casa partiram com mais força para o ataque, porém, foram os paulistas que chegaram de novo em nova cobrança de falta de Jadson que Gil cabeceou para as redes. O zagueiro foi flagrado em posição de impedimento. A equipe colorada insistia no chuveirinho e, enfim, foi recompensada aos 27 minutos, em confusão entre Cassio e Gil na defesa alvinegra que Nilmar aproveitou para diminuir a vantagem.
O time alvinegro deixa o Beira Rio lamentando as suspensões de Guerrero e Fagner por terceiro cartão amarelo – eles não enfrentarão o Vitória na próxima quarta-feira, na Arena Pantanal, às 19h30 (de Brasília).
Com o resultado, o Inter foi ultrapassado pelo São Paulo e ocupa agora o terceiro lugar na tabela, com 50 pontos, enquanto o Corinthians volta a se aproximar e assume a quinta posição, com 49 pontos.
ESPN Brasil