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Cássio sai em defesa de Boqueirão e acusa a Aesa, a ANA e o governo de letargia e omissão

by Redação
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O senador Cássio Cunha Lima, candidato da Coligação “A Vontade do Povo” ao governo da Paraíba, condenou na manhã desta terça-feira (29) o que chamou de “letargia e omissão” do governo do Estado, da Aesa e da ANA Agência Nacional de Águas), com relação ao problema do Açude de Boqueirão.

Dados da Aesa apontam que a capacidade do Açude de Boqueirão é de apenas 29 por cento e esse percentual vem caindo assustadoramente. Boqueirão abastece a cidade de Campina Grande e mais 35 municípios do Compartimento da Borborema.

A Aesa anunciou ontem que a cidade de Campina Grande corre risco de racionamento, uma vez que o manancial não comporta abastecer uma população tão grande com o pequeno volume de água que tem armazenada.

O senador Cássio Cunha Lima lembrou que há um ano e meio que vem cobrando do governo do Estado, da Aesa e da ANA uma política pública para o Açude de Boqueirão. “Até hoje não recebi resposta e o problema vem se agravando e vai se agravar ainda mais”, prevê o senador.

Cássio lembrou que se pronunciou no Senado pedindo proteção para os irrigantes, uma vez que quando se fala de racionamento a primeira providência que se toma é contra o uso da água para a irrigação. “Temos que pensar como ficam as pessoas que vivem da plantação com irrigação”, diz ele.

Para o senador, o problema de Boqueirão só se resolve quando acontecer de fato a transposição de águas do Rio São Francisco. “Mas o governo federal trata a transposição com irresponsabilidade e desdém e uma boa parte do Nordeste passa por essa aflição”, afirma o senador.

Na sua opinião, o governo federal deve agilizar as obras da transposição para evitar que uma cidade do porte de Campina Grande passe por racionamento. “Não podemos pensar em ampliar o Parque Tecnológico de Campina Grande, atrair novas indústrias se a cidade tem sempre a ameaça de não ter água. É nisso que devemos pensar”, acredita o senador.

Histórico – O açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, atingiu nessa segunda-feira (29) o nível mais baixo dos últimos 15 anos e o menor de sua história: 29% do seu volume de armazenamento ou 123 milhões de metros cúbicos.

A bacia do Rio Paraíba, do qual o manancial faz parte, também é uma das mais secas, com 15 açudes, dos quais três já secaram e oito tem menos de 35% da capacidade. Os dados são da Agência Estadual de Gestão das Águas (Aesa) e do Departamento Nacional de Obras Contra Seca (Dnocs).

A Aesa ainda destaca que a tendência é que o açude continue perdendo volume sem perspectivas de recargas até dezembro, por conta estiagem na região do Cariri onde se localizam os reservatórios da bacia. O racionamento d’água já está sendo discutido.

Ascom

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