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O período chuvoso, já encerrado no semiárido paraibano, deve continuar a recarregar o volume de açudes no Leste paraibano apenas por mais 15 dias, segundo informou nesta segunda-feira (28) a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa). A previsão é de chuvas regulares nas regiões do Agreste, Brejo, Litoral e Mata no estado, mas 55 reservatórios monitorados pela Aesa na Paraíba estão com volume abaixo de 20% do total.
Conforme o instituto, 21 reservatórios estão em situação considerada crítica, com menos de 5% do seu volume total. Há ainda 34 sob observação, com 20% da capacidade máxima, e outros 65 monitorados com capacidade armazenada superior a 20%.
“O período chuvoso no setor Leste (Agreste, Brejo, Litoral e Mata no estado) permanece nesse final de julho, até a primeira quinzena de agosto, provocando recarga gradativamente nos açudes. Já no Cariri, Curimataú e Sertão, estamos em período de estiagem. Não é normal que haja chuvas com uma recarga satisfatória dos reservatórios. Acauã é alimentado pelas águas que caem na região de Campina Grande, ainda tem possibilidade de recarga, mas [o açude Epitácio Pessoa] em Boqueirão é pelas chuvas do Cariri e já entra em período de estiagem”, explica o gerente de monitoramento e hidrometria da Aesa, Alexandre Magno.
Dentre os grandes mananciais, apenas Acauã, no município de Itatuba, deve continuar recebendo chuvas durante as próximas semanas. De acordo com a medição da Aesa, o açude está com 65,6 milhões de metros cúbicos de água, 25,9% de sua capacidade.
O açude de Boqueirão está com 123 milhões de metros cúbicos de água, 29,9% de sua capacidade. O açude Engenheiro Ávidos, em Cajazeiras, no Sertão, está com 12,9% do volume total. O reservatório de São Gonçalo, em Sousa, possui 22,9% do volume.
Quatro mananciais na Paraíba cujas lâminas de água superam a capacidade máxima, estão sangrando. São eles: o açude de Araçagi, na cidade de mesmo nome; o Gramame/Mamuaba, no município do Conde; Jangada, em Mamanguape; e Olho D’Água, em Mari.
“As chuvas são características do setor leste, no Agreste, Brejo e Litoral. Estarão dentro da média histórica e ainda devem apresentar melhor regularidade na próxima quinzena, devido ao resfriamento das águas do Oceano Pacífico e os ventos do leste sobre a costa do Nordeste, provocando o aumento das chuvas”, concluiu o especialista.
G1PB