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A situação hídrica na Paraíba continua preocupante. De acordo com o boletim de registro do monitoramento dos açudes feito pela Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), dos 123 reservatórios averiguados, 54 estão em situação de risco, ou seja, 43% dos açudes estão no máximo com 20% de sua capacidade preenchida, o que tem mantido o nível de alerta em algumas cidades no que diz respeito ao racionamento de água.
Desses 54 reservatórios que estão com pouco volume, 20 praticamente não oferecem mais qualquer tipo de fornecimento, já que a água acumulada é inferior a 5% da capacidade. Nos municípios de Taperoá e São José do Sabugi, o índice chegou a 0% de reserva.
De acordo com o setor de monitoramento da Aesa, a região mais atingida ao longo desse ano pelo grande número de cidades que sofreram sem os açudes acumularem água foi o Cariri e o Curimataú paraibanos, onde choveu apenas dentro da média esperada, que era de até 300 mm.
Prova disso foi a decisão de iniciar o racionamento de água em Cuité e Nova Floresta, no Curimataú, que estão fazendo rodízio de abastecimento, ficando 24 horas com água e 24 horas sem.
Já nas cidades de Esperança e Remígio, além dos distritos de Lagoa do Mato, São Miguel e Cepilho, são três dias consecutivos com água nas torneiras por semana e quatro dias sem, de acordo com dados fornecidos pela Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa).
Enquanto a maioria dos açudes está em situação crítica, apenas quatro dos monitorados pela Aesa estão sagrando.
Números coletados na segunda quinzena desse mês de agosto apontaram que Araçagi, com mais de 63 milhões de metros cúbicos, Gramame/Mamuaba, no município do Conde, com mais de 56 milhões, Jangada, localizada na cidade de Mamanguape, com 470 mil metros cúbicos, e Olho D’água com 868 mil metros cúbicos, no município de Mari, estão sagrando.
Já o maior reservatório do Estado, Epitácio Pessoa, que fica na cidade de Boqueirão, está com apenas 30% de sua capacidade, dos mais de 411 milhões de metros cúbicos de água, ele está comportando 124 milhões.
Givaldo Cavalcanti
Jornal da Paraíba