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O presidente estadual do PSB na Paraíba, Edvaldo Rosas, criticou severamente o senador Cássio Cunha Lima na noite desta segunda-feira (19), durante encontro do partido, realizado no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, em João Pessoa. O encontro tinha por objetivo traçar as estratégias dos socialistas para a disputa de outubro e definir como se dará a visita do presidenciável Eduardo Campos a capital na próxima quarta-feira (21), mas o que acabou roubando a cena mesmo foi o discurso agressivo de Edvaldo Rosas contra o senador e pré-candidato a governador, Cássio Cunha Lima (PSDB).
Para uma plateia de socialistas, Edvaldo Rosas chamou Cássio de “burro” e previu que o senador tucano vai levar uma surra de votos nas eleições.Rosas disse que Cássio acha que o povo vai cair na conversa e votar nele, que está formando uma chapa caseira, só com integrantes da família, ao citar as postulações do deputado Ruy Carneiro (PSDB) ao cargo de vice-governador, e do advogado e filho do senador, Pedro Cunha Lima (PSDB), a deputado federal. “Nenhum partido vai ficar com ele, só o PMN mesmo que acabou de anunciar apoio, mas que sequer tem tempo de televisão”, ironizou o socialista.
O presidente do PSB disse que o senador Cássio já começa a registrar as primeiras perdas, e citou o ex-prefeito Luciano Agra, do PEN, e o vice-prefeito de João Pessoa, Nonato Bandeira (PPS) como exemplos. “Ele já perdeu Agra por que não o quer na vice, perdeu também o PPS e agora vai perder o PEN”, profetizou.
Edvaldo Rosas não economizou na ofensiva e ainda disse que Cássio não será candidato porque é “ficha-suja”. Para Rosas, o candidato será o vice-prefeito de Campina Grande, Ronaldo Cunha Lima Filho.
Bastante incisivo, Edvaldo Rosas revelou possuir pesquisas de consumo interno do partido que atestam que o senador está perdendo pontos junto ao eleitorado paraibano. “Ele está caindo mais do que tomate na feira, vai perder as eleições porque nós daremos uma surra de votos nele”, discursou.
Sem fazer reservas, Edvaldo Rosas disse que o plano de Cássio era permanecer o máximo de tempo possível no governo para depois anunciar o rompimento. “Ele queria dar uma de esperto e ficar com os cargos até o dia 30 de junho para depois romper”, arrematou.
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