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A partir do ano que vem, as 203 agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) que funcionam na Paraíba passarão a funcionar como banco. O projeto ainda está em fase de planejamento e fará parte dos novos serviços logísticos que estão sendo implantados pela empresa.
As informações foram repassadas na manhã de ontem pelo diretor regional dos Correios na Paraíba, durante a solenidade para lançamento da nova logomarca dos Correios.
Segundo o diretor regional da ECT na Paraíba, Antônio Trajano, ao passar a operar como banco, os serviços bancários que serão oferecidos pelos Correios serão dirigidos principalmente à população que não tem acesso à rede bancária.
“Nós vamos passar de correspondente bancário para ser instituição financeira. Assinamos o contrato para fazer a transição e a previsão é que a instituição comece a operar, efetivamente, em 2015. É um banco que começa a ser criado na instituição para um segmento da população que não tem acesso a instituições financeiras”, explicou o representante dos Correios.
O assessor da superintendência do Banco do Brasil na Paraíba, Sílvio Feitosa, afirmou que todas as agências dos Correios do Estado já funcionam como Banco Postal, oferecendo serviços como abertura de contas (corrente e poupança) de pessoas físicas e jurídicas podendo ser possível solicitar cartão de crédito dos clientes do BB; recebimento de pagamento de contas como água, luz e telefone; Serviço de saque e depósito do BB; solicitação de empréstimos consignados e Crédito Direto ao Consumidor (CDC); pagamento de benefícios do INSS para quem recebe pelo BB e Recebimento de títulos e tributos.
Em 2015, o número de serviços prestados deverá aumentar, mas segundo Sílvio Feitosa, ainda não há nada definido.
“Temos ainda seis meses para trabalharmos num projeto piloto e esta mudança para banco só deverá começar a funcionar no próximo ano”, frisou Sílvio.
Para a ampliação dos serviços nas agências dos Correios, que contará com o apoio do Banco do Brasil, a ECT firmou uma parceria com uma empresa de tecnologia da informação para modernizar também os serviços postais e de encomendas, como o e-cart.
A nova quantidade de serviços também necessitará de mão de obra qualificada e Antônio Trajano não descartou a realização de mais um concurso, além do edital, em fase de elaboração, que será lançado ainda este ano.
“Isso significa melhores unidades no Estado e com certeza, se houver necessidade sim, mais contratação. Estamos nos formatando, para melhor contribuir ao governo e à população que acorre aos nossos serviços, uma empresa de logística para que nós possamos entrar no mercado concorrencial nos mais variados mercados, não só da pequena encomenda, mas dos grandes produtos”.
Por meio da assessoria de comunicação, o diretor regional da ECT informou que a definição do projeto que transformará os Correios em agência bancária será em nível corporativo, ou seja, a decisão cabe à Administração Central dos Correios, em Brasília.
Em 2011, o Banco do Brasil venceu a licitação aberta pelos Correios para a entrada de novos candidatos a banco postal.
Com investimento de R$ 2,3 bilhões tornou-se parceiro da empresa até 2017. Naquele ano, o BB desbancou o Bradesco, que atuava como correspondente bancário dos Correios desde 2001(Colaborou Alexsandra Tavares).
Katiana Ramos
Jornal da Paraíba