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Quem acompanha o noticiário político nacional percebe claramente a queda acentuada de aceitação popular do governo da presidenta Dilma Roussef.
Antes se imaginava a sua reeleição já no primeiro turno. Hoje os analistas mais sóbrios já admitem que o núcleo petista vivencia, no mínimo, a dúvida se a eleição presidencial será definida no dia 5 ou no dia 26 de outubro.
O fantasma dos escândalos amedronta. O governo petista não tem mais a credibilidade que tinha, embora pesquisas manipuladas insistam que Dilma poderá vencer no primeiro turno eleitoral com mais de 40% dos votos.
A presidenta está fatalmente ferida por crimes bilionários comprovados pelas Operações Lava Jato e Porto Seguro, o repique do Mensalão que não puniu o verdadeiro chefão e vários escândalos na Petrobrás e Eletrobrás, junto com problemas denunciados no Bolsa Família, no Minha Casa, Minha vida e na desorganização das obras para a Copa do Mundo.
Há quem diga que só o título de campeã conquistado pela seleção brasileira no torneio da FIFA poderia aliviar a barra da Presidenta com imagem em desgaste irreversível. Beatos e beatas afirmam que, no oratório do Palácio do Planalto, toda noite a chefa da nação acende uma vela pra São Felipão.
Setores da imprensa brasileira questionam se Dilma estaria enrolada com os escândalos mais recentes e escabrosos pelo fato de ter sido “presidenta” do Conselho de Administração da Petrobrás quando tudo de errado foi promovido em termos de gestão incompetente e praticamente comprovados indícios de corrupção bilionária.
A recente Operação Lava Jato, detonando um esquema que movimentou R$ 10 bilhões ilegais e os inúmeros escândalos na Petrobrás sacrificam as reputações dos líderes petistas e podem comprometer o projeto petista de continuar governando o país.
Segundo números trabalhados por marqueteiros e especialistas em eleições, um candidato é o grande favorito quando tem mais 55% de aprovação em relação à forma própria de comandar o país. Até novembro do ano passado, Dilma tinha 56% nesse quesito. Recentemente apareceu com 51%, e já teve 79% há um ano.
Analistas políticos comentam que hoje, o maior receio do Planalto é o de a luta ter outro round, o que daria o mesmo tempo de televisão a um candidato oposicionista a partir de 6 de outubro, quando começará o segundo turno das eleições.
Para quem vinha voando em céu de brigadeiro, em absoluta calmaria, o quadro agora é nebuloso e cheio de turbulências.
O aerodilma, que já foi aerolula, pode até cair num precipício construído pelo próprio jeito petista de governar.
Por Simorion Matos