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Vasco vence o Resende e pega o Treze-PB na Copa do Brasil

by Redação
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Assim como a final do Campeonato Carioca, a arbitragem voltou a roubar a cena num jogo do Vasco. Mas desta vez os jogadores saíram de campo sem ter que lamentar um revés. Na noite desta quarta-feira, o Cruz-Maltino teve um gol mal anulado de André Rocha, mas venceu o Resende por 1 a 0 num pênalti polêmico convertido por Douglas. Após o 0 a 0 no primeiro duelo em Manaus, o resultado classificou a equipe para a segunda fase da Copa do Brasil diante de um animado público de 8.336 pagantes (9.030 presentes), que gritou a plenos pulmões “é campeão”, levou faixas em alusão ao título estadual perdido para o Flamengo e usou até nariz de palhaço em protesto contra a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro. A renda da partida foi de R$ 268.335,00.

– Essa torcida chega a arrepiar. Foi um negócio muito triste para a gente ter perdido esse título. A torcida faz toda diferença, nosso desempenho também, a torcida age e acordo com nosso desempenho, e temos mostrado raça, união. A torcida merece isso aí – destacou André Rocha.
Mas não foi fácil. O Vasco teve enorme dificuldade contra um adversário recuado e eficiente na marcação. Desfalcado de Rodrigo, Guiñazu, Edmílson e Thalles, o time demonstrou certo nervosismo e por momentos transformou o apoio da arquibancada em irritação, especialmente com a arbitragem de Rodrigo Carvalhaes de Miranda. E com Martín Silva como mero espectador, o maior susto foi fora de campo. Everton Costa foi substituído aos 7 do segundo tempo e, aos 25, teve uma convulsão no banco de reservas e, de ambulância, foi para um hospital próximo do estádio.

Na próxima fase, o Vasco enfrenta o Treze-PB, que eliminou a Tombense-MG. A CBF ainda vai marcar as datas para os confrontos, mas o primeiro duelo será na Paraíba, e o Cruz-Maltino pode eliminar a partida de volta em caso de vitória por dois ou mais gols de diferença. Antes, o clube estreia na Série B do Campeonato Brasileiro neste sábado, às 16h20 (de Brasília), contra o AMérica-MG novamente em São Januário.

Novo erro de arbitragem irrita torcida

A final do carioca contra o arquirrival Flamengo não sai da cabeça dos vascaínos. E o primeiro tempo contra o Resende não ajudou nem um pouco a esquecer a perda do título estadual com um erro de arbitragem. Uma nova falha de um bandeira, Francisco Pereira de Souza, desta vez invalidou um gol legal marcado por André Rocha, aos 47 minutos. Gritos de “não é mole, não, jogo do Vasco só tem juiz ladrão” ecoavam da arquibancada. A torcida, que começou apoiando, cedeu a alguns momentos de irritação com a dificuldade do time de chegar ao gol de um adversário que se limitava a defender.

Assim como na decisão do Carioca, o Vasco tinha muito mais posse de bola: 63% a 37%. Mas contra um adversário fechado, só os chutes de fora da área assustavam. O especialista Fellipe Bastos arriscou várias vezes, e numa delas obrigou Mauro a fazer grande defesa após quique da bola. Douglas tentou da mesma forma, pegou de primeira um chute difícil, mas um leve desvio no meio do caminho tirou a trajetória do gol. Já as jogadas aéreas foram aos montes, mas nenhuma foi aproveitada. As sucessivas falhas provocaram um “aaaah” da arquibancada.
Pênalti polêmico favorece e garante vitória

Uma cena incomum aconteceu durante o intervalo. O trio de arbitragem do jogo não desceu para o vestiário e ficou o tempo todo no centro do campo. Se a situação já estava difícil para Adilson, que teve cinco desfalques para a partida, piorou para a etapa final. O treinador foi forçado a queimar substituições: Diego Renan, Everton Costa e Pedro Ken pediram substituição e deram vaga a Marlon, Montoya e Dakson, respectivamente. De todos, o meia colombiano foi quem entrou melhor. Ensaboado, infernizou a defesa do Resende e foi mais um a assustar o goleiro Mauro com uma bomba de fora da área.

Mas o gol só saiu num lance polêmico da arbitragem, desta vez favorável aos vascaínos. Reginaldo recebeu na área, girou o corpo sobre o zagueiro, pisou no pé do adversário e caiu na área. Rodrigo Carvalhaes de Miranda marcou o pênalti, batido com perfeição por Douglas aos 25 minutos. Ao mesmo tempo, Everton Costa se sentia mal, com uma convulsão, e saía de São Januário numa ambulância. A apreensão da torcida com o time só se transformou em alívio no apito final, porque aos 46 um escanteio fez lembrar de novo a final do Carioca. Mas desta vez Martín Silva defendeu a cabeçada de Thiago Sales e evitou novo pesadelo.

Globo Esporte

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