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A privatização dos Correios é um dos temas mais questionados pelos funcionários do órgão, que se reúnem na próxima terça-feira (10) para deliberar da greve que deve iniciar na quarta (11). Na Paraíba, o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos (Sintect) prevê que caso passe para a iniciativa privada, as agências não vão funcionar em cidades pequenas.
Presidente do Sintect, Tony Sérgio argumentou que as empresas privadas se preocupam apenas com lucros e pela baixa demanda em pequenos municípios, o órgão não teria interesse em manter agências nessas cidades. “Enquanto órgão público, os Correios tem subsídios para que as agências funcionem”, pontuou.
Ainda conforme Tony, as organizações não possuem ‘capilaridade’ para realizar intercâmbio internacional e entregar em nestes pequenos municípios encomendas de outros países. “Eles não vão querer manter uma agência em Coxixola, Marizópolis, Sumé e cidades pequenas”, avalia.
Para os trabalhadores, privatizar significa também demissão em massa. “Ela é nociva, um problema maior e pode trazer além do fechamento de agências, o sucateamento”, disse Tony. Entre os motivos para a greve geral também estão o acompanhamento salarial e a reposição inflacionária.
Falta de diálogo
Segundo o presidente, um representante da Paraíba está desde 25 de junho em Brasília para dialogar com a direção dos Correios, mas ainda não teve qualquer retorno. “O governo não quer negociar, quer entregar o patrimônio público”, considerou.