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O deputado Anísio Maia (PT) anunciou por meio de uma carta, sua renúncia da liderança da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba. O petista denunciou que tem parlamentar peemedebista que faz oposição ao governo na ALPB, mas que estaria negociando apoio à reeleição de Ricardo Coutinho (PSB). “É a oposição paraguaia”, classificou Anísio, comparando esse tipo de atuação com produtos falsos.
Na carta, Anísio lembra que vinha ocupando a liderança da oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba desde março de 2013. “Esforcei-me para cumprir com ética e energia esta importante missão política. Nos momentos mais difíceis e decisivos, não vacilei um só minuto para defender os interesses do povo paraibano, expressos especialmente por diversas mobilizações sociais”, diz.
Segundo ele, nos últimos dias, havia uma pressão para que mudasse seu comportamento e suspendesse as críticas à candidatura do PMDB ao Governo do Estado. “Os mesmos que, apesar de comporem a oposição, negociaram às escondidas com o Palácio da Redenção, e fugiram de importantes votações para beneficiar o atual governador, agora articulam pela minha substituição”, afirma.
Anísio Maia acha que “toda posição política firme tem um preço”. Ele argumentou que não aceitou o preço de ficar calado para permanecer na liderança da oposição. “Podem procurar outro. Ao mesmo tempo, reafirmo meu total compromisso em lutar ao lado dos movimentos sociais, dos servidores públicos e de todos aqueles que acompanham e apoiam nossa atuação parlamentar para construirmos uma nova Paraíba”, comenta.
Falando em “grupos poderosos”, o deputado petista sustenta que não abdicará nunca de defender abertamente suas ideias. “Não aceitarei tampouco ser tutelado por quem quer que seja. Agradeço a todos que me indicaram e me ajudaram na liderança das oposições e, de cabeça erguida, entrego esta”, finaliza.
Em nenhum momento o deputado do PT cita nomes desses que estariam “negociando” com o governador Ricardo Coutinho e se passando por oposição no plenário da Assembleia Legislativa. Segundo ele, seria quebra do decoro parlamentar e sua luta “é pelas ideias e não contra nomes”.
Portal Correio
