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A crise entre o PPS e o PT foi instalada após a exoneração do secretário de Infraestrutura, Ronaldo Guerra, e confirmada nesta terça-feira (25) pelo PPS que decidiu, em reunião com o Diretório Municipal de João Pessoa, colocar os cargos que ocupa na Prefeitura Municipal à disposição do prefeito da Capital, Luciano Cartaxo (PT).
De acordo com o presidente da legenda na cidade, vereador Bruno Farias, o PPS “sequer foi comunicado” da demissão do secretário e por isso, “por unanimidade o partido entendeu que essa foi uma atitude desrespeitosa e desleal” de Cartaxo.
“Não houve comunicação. O partido contribuiu para a vitória nas eleições e para gestão. Não fomos sequer comunicados. Por isso, colocamos à disposição do prefeito os cargos que ocupam no governo municipal”, disse Bruno Farias.
Cartaxo durante entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio 98 FM, afirmou que respeita a decisão do PPS, mas a considerou precipitada. Ele rebate Bruno Farias e desferiu: “se alguém faltou com a lealdade não fui eu e é o que tenho feito desde o início da gestão”.
Ele voltou a justificar a exoneração de Guerra e foi enfático ao afirmar que não volta atrás com a decisão. “Sob hipótese alguma vou abrir mão da minha condição de gestor e nada vai mudar. Acho uma decisão precipitada do Diretório Municipal, mas respeito. Não tenho que lamentar minha decisão porque foi em prol da cidade de João Pessoa”, disse.
Ele disse ainda que irá procurar os três vereadores do PPS. “Preciso saber se isso significa que agora eles são oposição, se será esse posicionamento dos vereadores na Câmara”.
Portal Correio