O ex-governador Ricardo Coutinho convocou todos os paraibanos para dar apoio ao evento “SOS Transposição – Grito do Nordeste”, durante coletiva em concedida na tarde desta sexta-feira na Câmara Municipal de Monteiro. O ato acontece em prol da continuidade das obras de transposição do Rio São Francisco. Atualmente, o canal da transposição no município acumula apenas água das chuvas, porque está com o bombeamento suspenso há cinco meses. O evento acontece em Monteiro, no Cariri Paraibano, no dia 1 de setembro.
Segundo Ricardo, a imprensa nacional está acompanhando a situação e o Nordeste deve impor uma derrota “a essa coisa estúpida que está aí”, numa alusão indireta ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).
“A resistência no Brasil hoje passa pelo Nordeste. A resistência está aqui dentro. O futuro desse país, se ele vai para a bárbarie ou a ignorância total ou não, passa por nós. E nós poderemos ser os primeiros a impor a primeira grande derrota dessa coisa estúpida que está aí. Porque parece que nada atinge. Eu fecho as bombas, renego a água e fica por isso mesmo? Não pode ficar! Nós temos que ter a capacidade de acreditar nisso e de ter união. A transposição é a obra mais importante e talvez uma das mais baratas per capita que esse país já viu. O Brasil já teve muita obra faraônica que não serve. Mas a transposição de R$ 12 bilhões para atender 12 milhões de pessoas… é R$ 1 mil reais por cabeça. Se pensarmos em 10 anos, dá R$ 100 por ano”, disse o ex-governador da Paraíba.
Após a entrevista coletiva, foi realizada uma plenária com a população local, que foi prestigiada ainda pelo prefeito em exercício da cidade, Celécileno Alves; pelo presidente da Câmara, Cajó Menezes; pelos prefeitos de Sumé e São Sebastião do Umbuzeiro, Éden Duarte e Adriano Wolff; além de alguns vereadores e lideranças locais.
O ato SOS Transposição é um grito de socorro do povo nordestino contra o abandono por parte do governo federal da maior obra hídrica da história do Nordeste e que se concluída beneficiará mais de 12 milhões de pessoas dos Estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará.
Há quase seis meses as águas da transposição deixaram de ser bombeadas para o Rio Paraíba, prejudicando o abastecimento de água de 44 municípios da Paraíba e Pernambuco.