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O deputado Luiz Couto (PT) destacou, no plenário da Câmara Federal, a providência tomada pela juíza titular da Vara do Trabalho de Monteiro (PB), Maria Lilian Leal de Souza, após ter recebido denúncias da existência de trabalho escravo em Serra Branca, no Cariri paraibano, e em Água Preta, na região da Mata Pernambucana.
Couto lembrou que muita gente não acredita em denúncia anônima, mas a juíza Maria Lilian recebeu correspondência com essa característica, indicando trabalho clandestino nesses municípios, e encaminhou à Procuradoria do Trabalho pedindo que se fizesse a verificação.
“O Ministério Público do Trabalho, a Polícia Rodoviária Federal e o Ministério do Trabalho e Emprego apuraram as acusações e confirmaram a realidade de trabalho escravo nas duas cidades”, informou.
O parlamentar narrou que na zona rural de Serra Branca, em estabelecimentos localizados nas pedreiras do Tamboril e do sítio Serra Verde, foram encontrados 21 trabalhadores sem registro na carteira e em condições de trabalho degradantes. Acrescentou que no total foram 3.508 trabalhadores beneficiados com essa operação, “mostrando que nem sempre carta anônima significa que não existem fatos a averiguar”.
Após lamentar a presença de trabalho escravo nessas localidades da Paraíba, Luiz Couto felicitou Maria Lilian Leal de Souza por ter aceito a carta anônima e pedido as providências que resultaram na confirmação do fato.
VITRINE DO CARIRI
Ascom