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Ausência de médicos nos plantões, demora na liberação de resultados de exames, dificuldades em manter consultas com especialistas e prédios improvisados, usados para o funcionamento de instituições de saúde. Estas foram algumas das inúmeras irregularidades encontradas pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), na Paraíba, ao longo de 2013. De acordo com o Conselho, foram realizadas 350 inspeções, sendo que 89% delas em instituições públicas, de 85 municípios do Estado e realizadas 32 interdições éticas. Mais 13 interdições poderão acontecer no início deste ano.
O diretor de Fiscalização do CRM-PB, Eurípedes Mendonça, informou que não houve tempo para finalizar as interdições. Segundo disse, a interdição só pode ser concretizada com uma nova inspeção in loco. “Posso adiantar que são quatro em João Pessoa e o restante no Cariri Ocidental. Pelo menos, três hospitais poderão ser interditados”, concluiu.
Aqui no Cariri a maioria das interdições diz respeito a unidades básicas de saúde de alguns municípios.
Conforme relatório do CRM finalizado em dezembro do ano passado, os municípios de João Pessoa e Campina Grande foram os mais vistoriados durante 2013, respectivamente com 36% e 13% do total de fiscalizações. Contudo, cidades como Bayeux, Gurinhém, Monteiro e Pocinhos, também tiveram um percentual considerável dentro do número de vistorias, com 13%, 8%, 6% e 4%, respectivamente. Segundo o diretor de Fiscalização, dos 223 municípios da Paraíba, o CRM visitou 85, que significa 38,1% deles.
“A maioria das fiscalizações foi realizada em Unidades Básicas de Saúde da Família, porque foram as mais solicitadas pelo Ministério Público do Estado (MPE). Além da iniciativa do próprio CRM, também houve solicitações do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) e da Assembleia Legislativa da Paraíba”, disse.
Com JP