Editorial: “O mandato é para servir ao povo e não para servir ao poder”

O editorial do programa Revista Independente deste sábado teve como tema: “O mandato é para servir ao povo e não para servir ao poder”

O editorial da semana do programa Revista Independente, que vai ao ar todos os sábados das 11 às 13 horas, pelas rádios IND FM (107,7) de Serra Branca e Princesa AM (970) teve como tema: “O mandato é para servir ao povo e não para servir ao poder”. 

Neste sábado (21) o entrevistado foi o deputado estadual João Henrique (DEM).

Confira abaixo o Editorial da Semana:

“O mandato é para servir ao povo e não para servir ao poder”

O voto é o instrumento com o qual o cidadão exerce o seu direito de escolher democraticamente os seus dirigentes e representantes políticos.

Na república brasileira o cidadão escolhe para o poder executivo o dirigente maior da nação, o governante do seu estado e o prefeito da sua cidade. Para o parlamento são escolhidos os senadores, os deputados federais, deputados estaduais e vereadores.

Acompanhando os fatos da vida política brasileira, percebe-se claramente que na maioria das vezes os eleitos não correspondem à expectativa de quem os elegeu, por tomarem, no exercício do mandato, posições bastante diferentes daquelas que prometeram em campanha.

A presidenta Dilma, por exemplo, praticamente paralisou as obras da transposição do rio São Francisco que, na sua campanha, foi uma das principais bandeiras para conquistar o apoio do eleitorado nordestino.

No congresso nacional vemos parlamentares a cada dia mudando o seu posicionamento político ou cometendo atos cujas práticas são bem diferentes do seu passado.

Nas assembléias legislativas e Câmaras municipais acompanhamos as atitudes de muitos parlamentares que se tornam subservientes ao governo de cuja base política fazem parte e quase sempre não têm a coragem de emitir as suas opiniões próprias, temendo desagradar o governante ou até mesmo alguns dos seus auxiliares.

São raros, porém existem, os casos excepcionais de alguns parlamentares, que têm a ousadia de discordar publicamente do governo e cobrar posições firmes e determinadas para a solução de problemas e atendimento das demandas populares.

Normalmente, quando um parlamentar, representante do povo, utiliza a tribuna da casa legislativa ou os veículos de comunicação demonstrando alguma insatisfação com atos ou serviços praticados pelo governo que apóia, esse parlamentar causa admiração e espanto, pois esta não é uma pratica comum.

Como a atividade política é um exercício de amadurecimento e como no Brasil o povo volta às urnas a cada dois anos esperamos que, em pouco tempo, o eleitor tome consciência da sua responsabilidade cívica de saber escolher os seus representantes, para que não venham a se decepcionar, muitas vezes a curtíssimo prazo.

E que os políticos, depois de eleitos utilizando o voto de confiança concedido pelo eleitor não tenham, depois das eleições, amnésia suficiente para esquecer as promessas de palanque, as bandeiras de luta levantadas e os compromissos assumidos.

Que não lhes falte coragem para discordar do governo, se esse estiver equivocado em suas funções . E que lembrem sempre dessa máxima: O mandato é para servir ao povo e nunca para servir ao poder.

Por Simorion Matos