37
Tema do Editorial da semana no Programa Revista Independente
O editorial desta semana do Programa REVISTA INDEPENDENTE aborda mais uma vez as eleições de 2014, quando estrão em campo as principais lideranças políticas da Paraíba, em busca de conquistar a cadeira mais cobiçada do Palácio da Redenção.
O programa, apresentado por Klebson Wanderley, Fred Menezes, Lázaro Farias e Sabrina Barbosa, gerado pela rádio IND FM (107,7), em cadeia com a Princesa AM (970), vai ao ar todos os sábados no horário das 11 às 13 horas.
Confira abaixo o editorial:
Confira abaixo o editorial:
Governo e oposição já estão montando o arsenal que poderá ser utilizado na guerra política do próximo ano, quando será disputada mais uma vez a cadeira de dirigente do Palácio da Redenção.
O campo de batalha parece ter os mesmos contornos e as estratégias até agora aplicadas têm os mesmos artifícios de jogos anteriores.
Os oposicionistas procuram mostrar o atual dirigente paraibano como “cara dura”, de temperamento fechado, que não dá a menor atenção à classe política. Defendem a tese que a Paraíba precisa de um governo que seja trabalhador e, também, político.
Os governistas apresentam ao povo paraibano um governante que democratizou o orçamento estadual, tem obras espalhadas em praticamente todos os municípios, com destaque para a pavimentação de estradas e que, para continuar seu trabalho, merece a reeleição.
Com base no cenário que se prepara para 2014, nos atores que estão escalados para a interpretação da peça política e relembrando o comportamento do público em espetáculos anteriores, principalmente o de 2010, é de bom senso questionar qual será a mensagem absorvida pela maioria do eleitorado paraibano.
Em 2010, Ricardo Coutinho foi eleito governador da Paraíba com 53,7% dos votos no segundo turno e derrotando José Maranhão.
Os dois candidatos terminaram o primeiro turno, quase empatados. Coutinho teve 49,74% e Maranhão, 49,30%. Na metade do segundo turno, pesquisa Ibope já indicava a virada a favor de Coutinho.
Maranhão era o governador da Paraíba e perdeu a eleição com o poder nas mãos. Ele havia assumido o terceiro governo em 2009, após a cassação de Cássio Cunha Lima. E, como governador, todo dia recebia adesão de prefeitos.
Para disputar o governo da Paraíba, Maranhão, obteve a adesão do PT à sua candidatura, além de atrair outros 10 partidos. Ricardo Coutinho recebeu os apoios de PSDB, DEM, PDT, PPS, PTC, PV, PTN e PRP.
Na campanha, Coutinho apresentou como propostas a construção de 40 mil casas, a substituição de casas de taipa em todos os municípios da Paraíba e a criação de um programa de urbanização de favelas. Na área de infraestrutura e estradas, o candidato Ricardo Coutinho prometeu pavimentar 650 km de rodovias e restaurar outros 360 km. Em relação à saúde, constava em seu programa a construção de hospitais e a ampliação de leitos de UTI.
Além desse discurso, Coutinho teve a seu favor o carisma de Cássio Cunha Lima, a quem o majoritário e apaixonado eleitorado feminino prefere chamar de CÁSSIO COISA LINDA.
Zé Maranhão pavimentava sua carreira política sob o mito do “Mestre de Obras”, com um canteiro de ações em praticamente todo o Estado e um forte esquema de mídia que mostrava o filho de Araruna como imbatível.
A classe política, porém, se queixava de que Maranhão aprendeu a construir implodindo. Assim como Ricardo Coutinho, Zé Maranhão não dava arroz doce para os políticos.
Em 2010, todos conhecem o resultado. O canteiro do Zé não rendeu os votos necessários e o “Mestre de Obras” foi derrotado.
Em 2014, o que poderá acontecer? As estradas e as outras ações de governo serão suficientes para a reeleição de Ricardo Coutinho?
A interrogação está no ar. Porque no jogo político, sorriso e tapinha nas costas podem valer mais que canteiro de obras.
Com Simorion Matos