Equipes de fiscalização da Energisa realizaram operações de combate ao furto de energia no começo do mês de dezembro na área rural de Boqueirão (no Cariri paraibano) e de Pedras de Fogo, em Pombal e São Bentinho. Durante as averiguações foram constatados furto de energia em diversas propriedades de grande e médio porte.
Na área rural de Boqueirão foram inspecionadas 25 Unidades Consumidoras (UCs). Dessas inspeções foram localizadas duas unidades com desvio, sendo uma residência e um sistema de irrigação clandestino. O morador da propriedade foi conduzido à delegacia e o proprietário intimado pela polícia. Ficou constatado que essas duas UCs são suspeitas de desviar cerca de 31 MWh, o que representa um prejuízo de R$ 18 mil reais.
Na cidade de Pombal foram identificadas quatro unidades furtando energia. Entre elas uma indústria, um centro médico e duas residências de alto padrão. Em São Bentinho, um depósito de bebidas cometia o delito. E na zona rural de Pedras de Fogo, o proprietário de uma fazenda desviava energia para alimentar um transformador de 112,5 KVA e uma bomba de 100 CV.
Os autores desses crimes podem pegar até oito anos de prisão, conforme o Artigo 155 do Código Penal. De acordo com a Energisa, o desvio de energia acaba sendo pago por todos os clientes, uma vez que parte do valor é acrescido à tarifa.
Segundo Fabrício Sampaio, gerente do Departamento de Combate a Perdas da Energisa na Paraíba, os desvios praticados somente por estas unidades consumidoras correspondem ao consumo mensal de 2.690 residências com consumo médio de 120 kWh. “A estimativa é que, somente nas apreensões deste mês, tenham sido desviados cerca de 322 MWh, o que representa uma perda de R$ 50 mil reais na arrecadação de ICMS”, revela Fabrício.
Além de ser crime, o furto de energia impacta na qualidade do fornecimento e oferece riscos à segurança. Denúncias podem ser feitas em qualquer canal de atendimento da Energisa de forma anônima.