Com investimentos do Governo, Monteiro deve ganhar selo de cidade brasileira da renascença

Os investimentos realizados pelo Governo do Estado na renda renascença, a exemplo do Centro de Referência da Renda Renascença e do Artesanato (Crença) entregue em novembro do ano passado, serão decisivos para que o município de Monteiro, no Cariri paraibano, ganhe o título de cidade brasileira da renda renascença. Nesse fim de semana, um grupo formado por três delegados do Conselho Mundial do Artesanato esteve na região para confirmar as informações prestadas no dossiê de candidatura, acompanhado por uma carta de recomendação do governador João Azevêdo.

Monteiro faz parte dos cinco municípios que compõem o grande polo da produção da renda renascença no Estado, representando mais de três mil artesãs. Os investimentos do Governo do Estado na renda renascença, a exemplo do Centro de Referência da Renda Renascença e do Artesanato (Crença), entregue em novembro do ano passado em uma parceria com a Prefeitura do município, são fatores importantes para que Monteiro venha a ganhar o título de cidade brasileira da renda renascença. As ações também contaram com a parceria do Sebrae-PB.

A primeira-dama do Estado e presidente de Honra do Programa do Artesanato Paraibano (PAP), Ana Maria Lins, está confiante. “A renda renascença tem uma presença muito forte em Monteiro, com grandes avanços e, ao mesmo tempo, preservando as características centenárias dessa tipologia. Além disso, os investimentos do Governo do Estado fortaleceram ainda mais a cultura da renda renascença no Cariri paraibano, o que nos deixa muito confiantes de que Monteiro tem tudo para se tornar a cidade brasileira da renda renascença”, disse.

A prefeita de Monteiro, Anna Lorenna Nóbrega, ressaltou que o título trará oportunidades a toda região do Cariri. “O título de cidade referência para Monteiro não vai beneficiar apenas as artesãs do nosso município. É preciso ressaltar que pensamos e planejamos tudo em gestão compartilhada com os outros quatro municípios, Camalaú, Zabelê, São João do Tigre e São Sebastião do Umbuzeiro. Um trem que está a todo vapor, Monteiro é apenas o vagão principal. Um sonho coletivo que nasceu e vai se concretizar com a força do coletivo”, destacou.

A gestora do PAP, vinculado à Secretaria de Estado do Turismo e Desenvolvimento Econômico (Setde), Marielza Rodriguez, ressaltou que o título para Monteiro representa o coroamento dos investimentos do Governo do Estado tem feito na renda renascença. “Desde o início da gestão, o governador João Azevêdo deixou claro as ações que pretendia adotar para fortalecer a renda renascença. Ao lado da presidente de Honra do PAP, Ana Maria Lins, fomos até a região do Cariri, ouvimos as rendeiras e colocamos em prática os seus anseios, com realização de consultorias, dando a visibilidade merecida às mais de três mil rendeiras, em parceria com a Prefeitura Municipal de Monteiro, com o Sebrae. Então, a palavra do momento é confiança”, comentou.

Os delegados são oriundos de Uruguai, Espanha e Chile. O processo é composto por duas etapas: o dossiê de candidatura de Monteiro ao título de cidade brasileira da renda renascença, a confirmação das informações prestadas no dossiê e, após a análise, a possível recomendação do Conselho Mundial do Artesanato.

O consultor do Sebrae, Eduardo Barbosa, destacou que a parceria inédita entre o Governo do Estado, a Prefeitura Municipal de Monteiro e o Sebrae-PB vai contribuir para que a certificação ocorra. “Eu acredito nessa possibilidade, porque Monteiro tem uma infraestrutura já preparada para isso, tem o Centro de Referência da Renda Renascença, criado ano passado pelo Governo do Estado, o Sebrae está formando uma parceria com o Centro para a criação do Laboratório de Inovação e Design para o Artesanato – o Laidar Cariri, vai começar o recenseamento detalhado da população artesã”, disse, destacando que o título de Monteiro criará uma série de oportunidades para as artesãs, a exemplo de convite para participar de feiras internacionais.

A gerente regional do Sebrae-PB, Madalena Arruda, disse que a visita do Conselho Mundial do Artesanato representa, por si só, uma grande janela de oportunidades. “Eu vejo essa visita do Conselho como mais uma grande oportunidade de nos apresentarmos ao mundo com a nossa qualidade, com a nossa cultura. Com isso, a gente mostra além do que é arte. A gente mostra a união de um povo, a união dos gestores, Sebrae-PB, Governo do Estado, prefeituras. Quando a gente fala da renda renascença de Monteiro, a gente fala de São Sebastião do Umbuzeiro, de São João do Tigre, de Camalaú e Zabelê”, destacou.

A comitiva que visitou a região do Cariri teve a presença da presidente do Conselho Mundial de Artesanato para a América Latina, Bárbara Velasco; pelo diretor executivo do Conselho, Alberto Bertolaza; e pela representante do Conselho Mundial do Artesanato da Europa, Laura Miguel Baumann.

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